terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sem programa específico para refugiados, Brasil põe centenas de sírios no Bolsa Família


O programador Ali, de 34 anos, era um homem rico na Síria. Ganhava US$ 4 mil (cerca de R$15 mil) por mês, tinha carro e foi um dos melhores alunos da sua pós-graduação.

"Aqui no Brasil, sou pobre", conta ele, que se mudou há um ano e sete meses para o Brasil fugindo da guerra civil. Sem renda, a solução foi recorrer a um programa criado originalmente para retirar brasileiros da miséria: o Bolsa Família.

Assim como ele, cerca de 400 imigrantes sírios que vieram para o Brasil estão no programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O número se refere a julho. A pasta não informou o valor específico recebido pelos sírios – o benefício médio do programa é de R$ 167 mensais por família.

Mas, sem falar a língua e em meio à crise econômica, muitos deles apesar de terem qualificação profissional não conseguem emprego. O governo brasileiro, diferentemente de outros países, não tem um programa específico apenas para refugiados que ofereça diretamente ajuda financeira a eles.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Refugiados haitianos são escravizados no Brasil



     O Haiti é o país em que ocorreu a mais famosa revolta de escravos durante o período colonial. Em 1791, milhares de pessoas começaram uma revolta que culminou na abolição da escravidão do país, tornando-se o primeiro do mundo a abolir a prática. O processo abalou proprietários de escravos em toda a América e inspirou diferentes mobilizações em outros países. Mais de dois séculos depois, haitianos voltam a ser escravizados, agora no Brasil. Ao todo, 121 migrantes foram resgatados de condições análogas às de escravos em duas operações diferentes realizadas em 2013. Na maior delas, em que 100 pessoas foram resgatadas, o auditor fiscal Marcelo Gonçalves Campos, que acompanhou ação de fiscalização pelo Ministério do Trabalho e Emprego, comparou a situação em que um grupo estava alojado com a da escravidão do passado. “Uma das casas parecia uma senzala da época da colônia, era absolutamente precária. No fundo, havia um espaço grande com fogões a lenha. A construção nem era de alvenaria”, afirmou.
   A exploração de migrantes no Brasil está relacionada à ausência de políticas públicas adequadas, que deixa milhares de pessoas em situação vulnerável. A estimativa é de que 22 mil haitianos migraram para o país desde 2010, ano em que aconteceu o mais intenso terremoto da história do país. O Brasil, à frente das tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) que invadiram e ocupam o Haiti desde 2004, virou um dos destinos escolhidos entre os desabrigados na tragédia.
  Os dois casos de trabalho escravo recentes são os que mais ganharam destaque e receberam atenção das autoridades. Movimentos sociais e organizações que trabalham em defesa de direitos de migrantes ouvidas pela reportagem alertam que os casos se multiplicam no país e que há violações que não se tornam públicas.
  As vítimas foram encontradas em diversos alojamentos, incluindo a casa que, segundo o fiscal, lembrava uma senzala. Ainda de acordo com a fiscalização, todos os resgatados viviam em condições degradantes. A comida fornecida era de baixa qualidade e alguns dos trabalhadores chegaram a ter hemorragia no estômago. Entre os brasileiros, foram libertados migrantes nordestinos que a equipe verificou terem acabado endividados após serem obrigados a pagar entre R$ 200 e R$ 400 como custo de transporte para chegar até o local de trabalho, o que caracterizou servidão por dívida. Além disso, diversos funcionários haitianos disseram à fiscalização ter sido informados pelo empregador que não poderiam deixar o trabalho antes de três meses, o que foi rebatido pelo patrão como uma falha de compreensão dos migrantes.

domingo, 17 de julho de 2016

Imigrantes e refugiados buscam vaga em feirão de empregos em SP



Um feirão de empregos realizado no Centro de Integração da Cidadania (CIC), na Barra Funda, em São Paulo, no dia 18/04/2016, tentou ajudar alguns imigrantes e refugiados a conseguir uma vaga de emprego.
  A fila se formou desde cedo. Os Imigrantes estavam muito interessados nas vagas propostas.
  De acordo com a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho, desde 2011 até o ano de 2016, cerca de 24 mil imigrantes se inscreveram no programa de atendimento ao trabalhador e Poupatempo. Destes, só 594 estão inseridos no mercado de trabalho.

sábado, 25 de junho de 2016

Dia do Refugiado

        

No dia 20 de junho foi comemorado o Dia do Refugiado. Diversas atividades foram feitas em comemoração desse dia, que para os brasileiros, não trás muitos benefícios. Existem milhares de refugiados espalhados pelo mundo inteiro, mas podemos perceber que no Brasil esse número é muito grande. Povos de diversos países são forçados a deixar seus locais de origem devido às guerras e perseguições em busca de um lugar melhor para viver e tocar a vida em frente.
            Sendo assim, o Brasil não é um dos melhores destinos para essas pessoas. No final deste trimestre foi registrado que o nosso país possui 11 milhões de desempregados, e com a intensa chegada de refugiados esse número só tende a crescer, pois além de brasileiros, terá estrangeiros também desempregados. Além disso, a comemoração do Dia do Refugiado passa a não ser mais tão gratificante para eles devido ao fato da falta de empregos e não estarem satisfeitos com a vida que pretendiam ter em nosso país.

domingo, 19 de junho de 2016

Desemprego no Brasil chega à maior taxa da série histórica do IBGE


O desemprego no Brasil passou dos dois dígitos no país. 10,2% dos trabalhadores estão fora do mercado, sem ocupação. É a maior taxa da série histórica do IBGE, que começa em 2012.
Em números absolutos, são 10,4 milhões de brasileiros. Esse dado é do trimestre dezembro, janeiro e fevereiro e representa uma alta de 40% em relação ao registrado no ano passado para esse mesmo trimestre. O impacto disso, claro, é nos salários, que vêm despencando.
A Bahia é o estado com maior índice de desemprego: lá 15,5% da população economicamente ativa não está conseguindo encontrar ocupação. Na sequência do ranking vêm Amapá e Rio Grande do Norte. Os estados com taxa menor são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Queda do emprego atinge trabalhos com e sem carteira assinada

Segundo fontes do IBGE, houve uma queda generalizada no emprego. Isso porque houve queda recorde no emprego com carteira assinada, mas também no emprego sem carteira no setor privado. Percebeu-se isso com uma alta de 6,1% do número de pessoas trabalhando por conta própria no trimestre encerrado em janeiro de 2016.
O emprego com carteira assinada diminuiu no final de 2015 e início de 2016. Isso mostra que cerca de um milhão de pessoas deixaram de ter carteira em um ano. Ao mesmo tempo, o emprego no setor privado sem carteira também perdeu força.  A situação do mercado é tão crítica que no início de 2016 o IBGE detectou um aumento recorde na população desempregada.
Isso mostra que a situação pode se agravar com a enorme entrada de refugiados no Brasil, pois além de ter a população brasileira em busca de emprego, mais milhares de estrangeiros também enfrentarão esse problema. Muitas vezes poderão estar ocupando cargos que poderiam ser de brasileiros, devido a não serem somente empregos com carteira assinada que estão em falta, mas também os sem carteira assinada.